Page Nav

HIDE

Grid

GRID_STYLE

Post/Page

Weather Location

Classic Header

{fbt_classic_header}

Top Ad

Breaking News:

latest

Comparativo: Audi RS3 e BMW Série 1 M são máquinas de divertir

Comparativo: Audi RS3 e BMW Série 1 M são máquinas de divertir Esportivos trazem emoção e muita velocidade para embalagens menores Com e...


Comparativo: Audi RS3 e BMW Série 1 M são máquinas de divertir



Comparativo: Audi RS3 e BMW Série 1 M são máquinas de divertir
Esportivos trazem emoção e muita velocidade para embalagens menores

Com exatamente a mesma potência, os concorrentes Audi RS3 e BMW Série 1 M cupê são esportivos cada um a sua maneira. Enquanto o BMW é um cupê de duas portas, o Audi é um hatch de cinco portas. Neste, a esportividade fica por conta das rodas e da sua frente diferenciada em relação ao A3 Sportback, de quem é derivado. Já na Série 1 M, a agressividade vem de todos os ângulos, e a exuberância do modelo é ainda maior quando ele é pintado na cor laranja “Valência”, uma das três cores disponíveis – as outras duas são o branco e o preto.

O comportamento diferente de um carro para o outro se evidencia no jogo de pneus: em seu carro, a BMW usa pneus maiores atrás, já a marca dos quatro aros optou por usar pneus mais largos na dianteira.

Um modelo com tração integral tem maior facilidade em pôr 340 cv no chão, mas a pureza de um carro com tração traseira conquista os entusiastas e tem mais agilidade, o que não é sinal de mais eficácia.


O conforto dos dois é relevante no uso diário. A versatilidade do RS3 garante a ele pontos nesse quesito graças às portas a mais e ao maior espaço para os passageiros do banco de trás, uma vantagem de ser um Sportback. Contudo, o porta-malas do Série 1 é bem maior, contando pontos na comparação. O Audi também garante pontos por sua lista de equipamentos de série ser bem maior que a do concorrente, que põe como opcionais quase todos os itens sedutores, assim, o BMW cria uma lista tentadora e cara.

Nos dois a posição para dirigir é correta e envolvente, porém o BMW tem mais opções de regulagens do banco, o que agrada quem gosta de dirigir sentado mais próximo do chão. O volante de ambos é atraente, a diferença é que a porção inferior achatada do volante do Audi dá a ele um ar esportivo. Fora isso, o painel do RS3 é igual do de qualquer A3 Sportback. Apesar de seus bancos terem o apoio lateral mais proeminente, eles poderiam ser ainda mais esportivos, como os disponíveis na lista de opcionais. Os bancos do Série 1 são mais envolventes e o assento tem a almofada extensível para apoiar melhor as pernas.


Impressões ao dirigir

A performance de ambos não deixa a desejar. No arranque, o RS3 é favorecido pela tração integral, o que permite que ele acelere ainda mais rápido. Cada um deles é dotado de uma forma diferente de aproveitar a performance. O Audi se vale da tração integral e do câmbio S-tronic de dupla embreagem, enquanto no BMW a tração é traseira e o câmbio manual de seis velocidades, ponto que já torna o modo de dirigir um muito diferente do modo de conduzir o outro.

Em esportivos com tanta potência, a emoção é garantida, principalmente com a rapidez com que se ganha velocidade e que faz com que as costas colem no banco. A aceleração é impressionante e dá uma grande sensação de poder em relação aos outros carros.

O RS3, com seu motor 2.5 turbo de cinco cilindros, chega facilmente às altas rotações. A rapidez na aceleração se deve mais à eletrônica do sistema quattro e do câmbio S-tronic. O motorista acaba ficando com um papel secundário graças ao Launch Control. Com essa função ativada o condutor só precisa pisar fundo no acelerador, manter o volante reto e chegar aos 100 km/h em 4,4 segundos. No Série 1, o motorista é fundamental, pois é preciso dosar o pé no pedal do acelerador e, em alta velocidade, o volante precisa ser corrido algumas vezes.


Os dois carros oferecem a mesma potência, contudo, o emblemático 3.0 de seis cilindros do BMW é ainda mais cativante no seu desempenho e grande precisão de resposta à aceleração tanto em baixas quanto em altas rotações.

Apesar de ser perfeitamente possível e fácil usá-los no dia-a-dia, eles não foram feitos para o uso como meio de transporte para a família. Ainda se corre o risco de assustar os passageiros em caso de entusiasmo do motorista ao volante.

É mais difícil notar os limites do Audi, ainda que haja algum subesterço nas curvas quando o carro está em alta velocidade. O subesterço é a situação na qual as rodas dianteiras se desgarram do chão, não seguindo a trajetória que o motorista impôs. Isso se deve, em parte, à posição mais avançada do motor, o que deposita um peso maior na frente do carro.


É preciso deixar o medo de lado e confiar nas capacidades do RS3 para avaliar a velocidade máxima dele nas curvas mais rápidas. Nas de menor velocidade, muitas vezes não há espaço para manter o acelerador no fundo e esperar que a potência seja transferida para o eixo traseiro. O Audi é muito eficaz, mas há pouca interação com o condutor, mesmo quando se está no limite. O controle de estabilidade (ESP) pode ser configurado no modo Sport, que dá mais liberdade ao motorista. Contudo, é com o ESP desativado que as reações do carro transparecem para o motorista.

O botão S, obrigatório para quem quer ouvir melhor o ronco do motor (que é aumentado com a ativação), deixa a resposta do acelerador e das trocas de marcha mais rápidas. As borboletas no volante permitem a troca de marchas em sequência, só que elas deviam ser maiores ou estar mais próximas do aro do volante.

O Série 1 M tem uma direção mais esportiva, com bem menos equipamentos eletrônicos para fazer o trabalho do piloto. O controle de estabilidade, DSC, tem um modo MDM ( M Dynamic Mode) que dá mais liberdade sem deixar de ficar em alerta. É claro que só com ele desativado se extrai o máximo do carro.


No começo, os 340 cv concentrados apenas nas rodas traseiras causam apreensão, mas a distribuição de pesos e o funcionamento do diferencial autoblocante traseiro tornam cada curva uma diversão. Apesar de a aderência ser grande, há vezes em que o eixo traseiro se descola do chão. é quando a alquimia precisa entre o acelerador e a direção permitem que a máquina seja controlada.

Se o motorista tiver noções de direção, o BMW, com sua experiência única, o levará a crer que está em um circuito, mesmo sem sequer ter deixado a cidade. A precisão do câmbio e o tato da direção são excelentes, o que contribui para que se leia tudo o que se passa com o carro quando guiado no limite. Nas curvas rápidas, todo cuidado é pouco, dado o risco de a traseira escapar, que pode ser contornado com uma correção rápida no volante.

Tanto o RS3 quanto o Série 1 M têm sistemas de frenagem potentes, mesmo quando o motorista deixa para frear no último momento. Porém, conforme se repete isso, os freios começam a demonstrar sinais de fadiga.


Avaliando friamente os resultados, a tração integral se impõe quando o objetivo é ir de 0 a 10o km/h no menor tempo possível. Com isso, o Audi alcança os 100 km/h em 0,7 segundo a menos que o BMW, em 4,4 segundos, enquanto o Série 1M fica nos 5,1 s. A vantagem continua pesando para a marca dos quatro aros na disputa de 0 a 400 m, mas pende pro lado da BMW no arranque de 1 km. Este completa o percurso 0,1 segundo antes do rival. A vantagem inicial do RS3 acaba quando o motor do Série 1 consegue mostrar toda sua força sem restrições de aderência. A velocidade máxima dos dois é limitada nos 250 km/h.

O consumo dos dois é alto, e é fácil atingir médias próximas dos 5 km/L. Na média ponderada (que leva em conta o consumo na cidade, na estrada e em auto-estrada), o resultado foi favorável para o RS3, com vantagem de 1km/L para o Audi.

Com preço inferior, lista de equipamentos de série mais completa e aceleração inicial superior à do rival, o RS 3 vendeu o comparativo. Não há dúvidas de que o BMW é muito mais prático e versátil de usar que o RS 3, graças às cinco portas do Série 1 M. O BMW também ganha quando o que se busca é a eficácia de comportamento do veículo e quando se quer ser o ator principal da condução de um esportivo digno dessa classificação.

Nenhum comentário